Como obter sucesso em Apresentações de Vendas – Decima parte

AprentVendas07

Dando continuidade ao nosso post anterior - Como obter sucesso em Apresentações de Vendas - Nona parte - vamos nos focar agora sobre as possíveis ações para dar andamento ao processo de vendas.

Toda apresentação de vendas sempre deve dirigir a ação para o fechamento da venda, que também deve ser o resultado positivo de uma negociação. Logo, se o cliente concorda com os benefícios que irá receber ao adquirir  o que está sendo oferecido isto irá implicar em um conjunto de ações para que haja uma entrega. Portanto temos um Plano de Ação, não importa se o mesmo é de grande magnitude ou se é algo muito simples, sempre deverá haver um processo de "entrega" para o cliente.

Neste caso, em uma análise inicial poderemos adotar o conceito chamado 5W2H:

What   - O que será feito (etapas)
Why   - Por que será feito (justificativa)
Where   - Onde será feito (local)
When   - Quando será feito (tempo)
Who   - Por quem será feito (responsabilidade)
How   - Como será feito (método)
How much   - Quanto custará fazer (custo)


A ferramenta 5W2H é uma das mais fáceis de ser implementada e pode trazer grande benefício logo de início para clarificar um Plano de Ação proposto logo imediatamente ao final da Apresentação de Vendas.

Como somente se justifica um esforço maior em apresentações de vendas quando a magnitude do que se está propondo seja relativamente grande e que também seja feita de forma personalizada ou customizada, entendemos que o melhor exemplo seria a venda de um projeto.Todo projeto utilizará recursos produtivos (custos) e obterá satisfação no futuro (benefícios).

 

Assim, é necessário saber em que nível estratégico no cliente o âmbito do projeto está situado. Veja na figura a seguir um pequeno questionário para poder avaliar a amplitude:

Estratégia do Projeto

 

 

Acreditamos que nesta fase da venda boa parte de todas as perguntas acima já devam ter resposta, pois caso contrário é bem provável que ainda não houve venda ou não haverá uma venda em que todos os aspectos da oferta foram abordados.

Toda venda, assim como todo projeto sempre está baseada em um Escopo, cuja entrega demanda recursos, também chamado de aquisições do projeto e tempo para a execução. Portanto devemos estabelecer um plano do projeto que a venda implica na execução, sendo que a proposta comercial deve ser avaliada juntamente com uma proposta técnica onde devem constar todos os detalhes dos "entregáveis" em forma de produto final do projeto.

No contexto que estamos tratando, o "escopo" expressa a "extensão" ou "amplitude" do projeto (em termos do que se pretende realizar, abarcar ou abranger), estabelece o seu "raio de ação" ou "cobertura", definindo, portanto, seus "limites". O "escopo" é, em síntese, a alma do projeto, porque expressa sua essência e identidade, portanto vai determinar todos os seus requisitos.

Para saber mais sobre especificação de requisitos acesse:

Curso Engenharia de Requisitos

Entendemos que nem todos os detalhes do projeto devam estar definidos nesta fase, mas aspectos fundamentais como seu escopo, suas aquisições (e seus respectivos custos) e o tempo para o seu termino, bem como a data para a entrega final.

A proposta técnica já deve contemplar um ou mais possíveis planos de ação de um projeto especificando as ações, atividades, tarefas e recursos, logicamente encadeados no tempo e contemplando as restrições, tendo em vista maximizar a eficiência na realização dos objetivos do projeto.

A proposta comercial deve mostrar o Benefício que o comprador irá obter será maior que o custo, aliás, é a própria definição da Proposta de Valor -> Benefício = Valor / Custo  que deverá estar refletida na proposição. Embora as principais metodologias utilizadas no mercado, as quais iremos descrever a seguir, já preveem maneiras de se avaliar o retorno sobre o investimento devemos já em tempo de proposição dar uma ideia geral de avaliação econômica do projeto.

A avaliação de um projeto consiste em identificar, quantificar, dar valor aos benefícios e custos atribuíveis à sua execução ao longo de toda sua vida.  O indicador mais utilizado, por ser mais confiável, é o valor presente líquido, que é igual à soma dos valores atuais dos benefícios líquidos do projeto, calculados utilizando a taxa de desconto.  Também se costuma calcular outros indicadores, tais como a taxa interna de retorno, a relação beneficio/custo, por exemplo.

Desta forma, o Plano de Ação contido na proposta deve contemplar em sua estrutura: 


  1. Desdobramento de atividades e tarefas (detalhamento de grandes ações em    pacotes de trabalho);
  2. Tempo  - Estimativa de prazos (determinação de tempos e prazos para ações, atividades e tarefas);
  3. Aquisições - Estimativa  de  custos   e  recursos  (determinação  de  custos  e recursos físicos e humanos requeridos para a execução das diversas tarefas);
  4. Rede   de   Tarefas   ("mapa   do   projeto",   contendo   sequência   e interdependência de todas as tarefas, com identificação das tarefas críticas);
  5. Cronograma (linha de tempo do projeto, com  detalhamento de início e fim de atividades e tarefas, atribuição de responsáveis, recursos, etc.).

Para que a sua proposta técnica seja convincente é necessário deixar claro que haverá alguma forma de controle e avaliação, portanto, de uma forma bem sintética podemos afirmar:
Proposta Técnica -> Benefícios -> Plano do Projeto = ( Escopo + Planos de Ação + Planos de Controle e Avaliação )

Neste ponto é bom ter pessoas na organização que são aptas para conduzir projetos, os chamados Gerentes de Projetos, bem como a empresa deve adotar alguma metodologia.  

Uma das mais famosas é a apregoada  pelo "PMI - Project Management Institute", que é uma organização sem fins lucrativos, dedicada ao avanço do gerenciamento de projetos criada em 1969, com sede em Newtown Square, Pennsylvania, USA.

Esta organização faz a acreditação de certificações profissionais (PMP®, CAPM®, PgPM®, PMI RMP® e PMI SP®), homologação de centros educacionais especializados (REP®), publicação de artigos acadêmicos etc. Pesquisa e desenvolvimento de  normas e boas práticas reunidas em publicações como o PMBOK®, o OPM3®  e periódicos (PM Journal, PM Network).  

A publicação PMBOK® é um guia onde se descreve a somatória de conhecimento e as melhores práticas dentro da área de gerência de projetos, padronizando os termos e conhecimentos utilizados nesta atividade. Todo o conhecimento reunido neste guia é baseado em experiências, sendo que ele é um material genérico que serve para todos os tipos de projetos.

Outra não menos importante é o PRINCE2, que foi lançado como um método para gerenciamento de projetos pelo governo britânico em 1996, tendo sido criado em 1989 a partir do PROMPTII. Hoje, o PRINCE2™  vem sendo adotado como padrão para todos os projetos governamentais no Reino Unido e amplamente utilizados também em outros lugares da Europa, África, Oceania e  Estados Unidos.  

Considerado o método de gerenciamento de projetos mais utilizado no mundo, conta com mais de 250 mil profissionais certificados, sendo ainda que cerca  de  1500  pessoas  prestam,  mensalmente, os  exames  de  certificação Foudation e Practitioner.  Existem mais de 120 centros de treinamento credenciados PRINCE2™ pelo mundo, os quais proveem treinamento, em 17 idiomas, de 59 ferramentas de gerenciamento de projetos desenvolvidas com base no Método.

Para mais informações e capacitações em projetos acesse os seguinte links:

http://www.grupotreinar.com.br/treinamentos.aspx?a=1239

 

http://www.grupotreinar.com.br/blog.aspx?filterby=Projetos

 

Veja também:

 

Curso Técnicas de Vendas e Negociação de Projetos Empresariais

 

Fontes:

"Trabalhando com Projetos - Planejamento e Gestão de Projetos Educacionais" - Moura, D. G e Barbosa, E. F. ,Ed. Vozes - 2006 - Cap. 2

REINVENTANDO GERENCIAMENTO DE PROJETOS. AUTOR: Aaron J. Shenhar e Dov Dvir

Avaliação Econômica de Projetos - Cristóvam Buarque

Curso de Engenharia de Requisitos

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