Segundo o Visual Networking
Index (VNI), quantidade de internautas no Brasil passará de 97
milhões para 141 milhões em 2020. Esse total projetado representará
65% da população brasileira conectada.
A Internet já se tornou um item básico para a maioria dos seres
humanos. Para compreender a evolução dessa rede, a Cisco libera um
estudo anual, que ajuda a traçar um panorama com relação ao futuro
da web.
A edição mais recente do Visual Networking Index (VNI) aponta
quatro forças propulsores do que está por vir: aumento da
quantidade de usuários, mais dispositivos conectados, expansão da
velocidade de conexão e explosão do vídeo.
De acordo com a fabricante, atualmente, existem cerca de 3 bilhões
de usuários de internet. Esse número será de aproximadamente 4,1
bilhões em 2020. Dessa forma, os recursos de conectividade chegarão
a 52% da população mundial.
O número de dispositivos conectados saltará de 16,3 bilhões para
26,3 bilhões. Segundo Hugo Baeta, diretor da Cisco, aproximadamente
12 bilhões desse total virão de comunicação entre máquinas
(M2M).
As projeções do VNI sinalizam, também, que a média da velocidade de
banda larga passará de 24,7 Mbps para 47,7 Mbps. O cenário para
2020, ainda, aponta que 82% de todo o tráfego nas redes de internet
será vídeo.
Cenário brasileiro
No Brasil, o número de usuários passará de 97 milhões para 141
milhões em 2020. Esse total projetado representará 65% da população
brasileira conectada. O número de dispositivos passará de 519 para
766 milhões (uma proporção de 3,6 dispositivos por pessoa). A Cisco
aponta que a velocidade média de conexão passará d de 8,5 Mpbs para
19,5 Mbps e o vídeo representará 85% do tráfego total.
Olhando para o contexto regional, ao final da década, a América
Latina terá 394 milhões de pessoas na Internet. Em termos de
dispositivo, serão 2 bilhões de aparelhos conectados em território
latino americano. "O crescimento não é mais impulsionado por
usuários, mas por conexão máquina a máquina", afirma o
executivo.
O estudo da Cisco projeta 15 tendências que moldarão o futuro da
internet.
1. Crescimento das conexões M2M
Cada vez mais, o futuro da internet será recheado por
máquinas. Segundo De acordo Baeta, as conexões M2M representarão
46% do total, seguido por telefones móveis (21%).
2. Mais aparelhos capazes de rodar vídeos
"Vemos que os smartphones terão uma predominância nesse
contexto", projeta o diretor, sinalizando esses dispositivos como
predominantes no consumo de recursos em vídeo em 2020.
3. Média de tráfego por dispositivo crescerá
exponencialmente
O volume de tráfego nos aparelhos passará por uma expansão
acentuada. Atualmente, a média de consumo mensal de um módulo M2M
gira na casa dos 139 Mbps. Até o final da década, esse número
saltará para 458 Mbps. A mesma evolução pode ser vista nos
smartphones, saindo 1,389 para 7,872 Mpbs por mês.
4. Queda nas conexões via PC
O estudo da Cisco indica que os PCs vão perder força no tráfego
total. Os smartphones tomarão o lugar dos computadores, saindo de
8% para 30% do tráfego em 2020.
5. O advento da IoT
As conexões M2M impulsionarão a quantidade de conexões. "Os tipos
de conexão mais comuns hoje são de casas, ambientes empresariais e
carros conectados", lista o diretor, afirmando que essas três
frentes continuam sendo dominantes em quantidade de conexões, além
de terem crescimento significativo nos próximos anos.
6. IPv6 avança
O IPv6 passará por uma evolução exponencial do que o tráfego geral
da internet, com 74% de crescimento médio global até 2020.
7. Conteúdo em alta
O HD impactará o mundo IP. Em 2020, o Brasil terá 56% de conteúdo
em alta definição trafegando em internet, contra 63% no mundo.
8. Novas fontes de entretenimento
Muitos usuários migrarão de serviços de TV por assinatura
tradicionais para o streaming. "Isso é uma tendência em mercados
mais desenvolvidos, mas não é algo observado no Brasil. Mas, à
medida que o mercado amadurece, passa a valer em solo nacional",
pondera.
9. Acesso público
De acordo com a Cisco, o número de hotspot públicos vai crescer
consideravelmente nos próximos anos. Até o final da década, o mundo
terá um total de 433 milhões de hotspots, dos quais 9% serão na
América Latina.
10. Cada vez mais sem fio
Em 2018, o número de acessos móveis e Wi-Fi supera os acessos de
fixos.
11. Consumo intenso
O uso de banda por usuário passará de uma média atual de 19 Gb
para 44 Gb por mês. O tráfego médio em uma residência sairá de 49
Gb par 118 Gb por mês. No Brasil o consumo em média por usuário
passará de 16 Gb para 32 Gb e de uma casa sairá de 42 Gb para 90 Gb
por mês.
12. O mundo ajusta os planos
De acordo com a Cisco, há um aumento dos limites nos serviços de
dados pelos provedores ao redor do mundo, isso se alinha com o
cenário de aumento de tráfego. Na mesma medida, as operadoras
enfrentam o desafio de atender o tráfego de momentos de pico.
13. Mais velocidade
A velocidade média global das conexões será de 47,7 Mbps em 2020.
No Brasil, a média deve chegar a 19,5 Mbps.
14. Serviços diversos
De acordo com a pesquisa, o mundo verá um aumento na utilização de
serviços de vídeo sob demanda e transmissão ao vivo usando redes
IP. No mundo doméstico, espera-se avanço na adoção de redes
sociais, mobile banking e commerce. No ambiente empresarial, há uma
tendência de adoção de comunicação unificada e serviços com
recursos baseados em contexto de localização.
15. Mais inseguro
O número de ataques DDoS chegará a 17 milhões em 2020 (contra 2.6
milhões registrados em 2015.
Veja também:
Como estamos hoje e para onde vamos com tanta
informação?->
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Cinco passos para garantir a proteção dos dados de
negócios->
http://bit.ly/1ZQVBMT
Entrega de excesso de conteúdo =
Aprendizado?->
http://bit.ly/1TpkT4L
Fonte:cio.com.br