Empresas falham em conscientizar os funcionários sobre roubo de
propriedade intelectual. No Brasil, 62 por cento dos colaboradores
que mudaram de emprego mantêm dados corporativos confidenciais e 56
por cento planejam usá-los na nova companhia para a qual
trabalharão.
Mais da metade dos funcionários de empresas brasileiras (62 por
cento) que deixaram ou perderam seus empregos nos últimos 12 meses
mantêm dados corporativos confidenciais, de acordo com uma
Pesquisa Global da Symantec
(Nasdaq: SYMC).
Além disso, 56 por cento no Brasil planejam usá-los em seus novos
empregos. O número é maior que o resultado global, de 40 por cento.
Os resultados mostram que as atitudes cotidianas e crenças dos
funcionários sobre o roubo de Propriedade Intelectual (PI) estão em
desacordo com a maioria das políticas nas empresas.
Os funcionários não só acham que é aceitável levar e usar a PI
quando deixam uma empresa, mas também acreditam que as organizações
não se importam. Apenas 47 por cento em todo o globo (33 por cento,
nos resultados do Brasil) dizem que suas empresas tomam alguma
atitude quando os funcionários se apropriam de informações
confidenciais em desacordo com as políticas internas. E 68 por
cento no mundo dizem que suas organizações não tomam medidas para
assegurar que os funcionários não utilizem informações competitivas
sigilosas de terceiros. As organizações falham em criar um ambiente
e uma cultura que promovam a responsabilidade dos funcionários em
relação à proteção da Propriedade Intelectual.
"As empresas não podem concentrar suas defesas unicamente em
invasores externos e funcionários mal intencionados que planejam
vender PI. O funcionário que leva dados corporativos confidenciais
sem segundas intenções, porque não entende que é errado, também
pode ser muito prejudicial para uma organização. A orientação
isolada não vai resolver o problema de roubo de PI. As empresas
precisam de tecnologias de prevenção contra perda de dados para
monitorar o uso da PI e alertar sobre os comportamentos que colocam
dados corporativos confidenciais em risco. O momento de proteger
sua PI deve vir antes que ela saia pela porta", afirma Vladimir
Amarante, Gerente de Engenharia de Sistemas e Especialista em
Segurança da Symantec.
Destaques da pesquisa
-
Funcionários
levam PI para fora da empresa e nunca a apagam. Enquanto 62 dois por
cento dos entrevistados globalmente dizem que é aceitável
transferir documentos de trabalho para dispositivos pessoais -
computadores, tablets, smartphones ou aplicativos de
compartilhamento on-line de arquivos - 76 por cento dos executivos
brasileiros que pensam da mesma maneira. E apenas seis por cento
destes apagam os dados transferidos porque não veem nenhum mal em
mantê-los;
-
A maioria
dos funcionários não acredita que seja errado usar dados sobre
competitividade de um empregador prévio.Quarenta e quatro
por cento dos entrevistados brasileiros (56 por cento no resultado
global) não acreditam que seja crime usar informações de sigilo
comercial de um concorrente. Essa crença equivocada coloca seus
empregadores atuais em risco por serem receptadores involuntários
de PI roubada;
-
Os
funcionários atribuem a posse da PI à pessoa que a
criou.Quarenta e quatro por cento dos entrevistados no
mundo (61 por cento, no caso brasileiro) acreditam que um
desenvolvedor de software que cria código-fonte para uma companhia
tem alguma propriedade sobre seu trabalho e invenções; enquanto
isso, 42 por cento dos entrevistados (55 por cento entre os
brasileiros) não acreditam ser crime reutilizar o código-fonte de
sua autoria sem autorização em projetos de outras empresas;
-
As
organizações falham em criar uma cultura de
segurança.Apenas 23 por cento dos entrevistados no Brasil
dizem que seus gerentes veem a proteção dos dados como uma
prioridade para os negócios. No cenário global esse número é de 38
por cento. Outros 51 por cento no globo acham que é aceitável levar
dados corporativos porque suas empresas não cumprem rigorosamente
suas políticas.
O mais importante, porém, é que os inovadores estão obtendo um
crescimento da receita quase 50 por cento mais alto do que os
tradicionais (44 por cento contra 30 por cento). Considerando tudo,
as empresas observam resultados positivos líquidos com a
mobilidade.
Recomendações
-
Orientar
funcionários: As organizações
precisam informar seus funcionários de que se apropriar de
informações confidenciais é errado. A conscientização sobre o roubo
de PI deve ser parte integrante do treinamento de segurança;
-
Usar Acordos
de Confidencialidade: Em quase metade dos
casos de roubo de informação corporativa, a organização tinha
acordos de PI com o funcionário, o que indica que apenas a
existência de uma política, sem aplicação rigorosa e a compreensão
do funcionário, é ineficaz . É necessário utilizar uma linguagem
mais forte e específica em acordos de trabalho e se certificar de
que as entrevistas de demissão incluam conversas sobre a contínua
responsabilidade dos funcionários em proteger as informações
confidenciais e devolver todas as informações e elementos de
propriedade da empresa (quando estiverem armazenadas). Os
funcionários devem estar cientes sobre as violações de políticas e
que o roubo de informações da empresa terá consequências negativas
para eles e para seu futuro empregador;
-
Implementar
tecnologias de monitoramento: Adote uma política de
proteção de dados que monitore o acesso e o uso inadequados de PI e
notifique automaticamente os funcionários sobre violações. Essas
medidas vão aumentar a conscientização sobre segurança e impedir
roubos.
AFIRMAÇÕES ESPECULATIVAS:
Todas as indicações especulativas de planos para produtos são
preliminares, e todas as datas de lançamentos futuros são
experimentais e estão sujeitas à alteração. Todos os lançamentos
futuros do produto ou modificações planejadas nos recursos,
funcionalidades ou habilidades do produto estão sujeitos à
constante avaliação da Symantec, e poderão não ser implementados,
não devendo ser considerados como compromissos firmados pela
Symantec, nem considerados para decisões de
compra.
Sobre a Pesquisa
A pesquisa da Symantec
O que É Seu É Meu: Como os Funcionários Estão Colocando sua
Propriedade Intelectual em Risco
foi realizada
pelo The Ponemon Institute em Outubro de 2012, para examinar o
problema de roubo ou abuso de PI por parte dos funcionários no
local de trabalho. Os resultados se baseiam nas respostas de 3.317
indivíduos em seis países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido,
França, Brasil, China e Coreia.
fonte:http://www.symantec.com/pt/br/about/news/release/article.jsp?prid=20130313_01