A Economia Colaborativa faz repensar o Marketing & Vendas

 

 

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De fato, o meio digital de forma geral e a internet principalmente têm estimulado releituras de conceitos considerados pilares do marketing e mudado a economia de forma crescente e significativa. Antigos modelos de negócios já consagrados são cada vez mais revistos e adaptados para um novo cenário onde palavras como competição e posse são pronunciadas menos frequentemente  e são gradativamente substituídas por outras como compartilhamento e colaboração. A cultura de compartilhar provavelmente não seria possível sem as facilidades oferecidas pela internet e é justamente por meio dela que esta "nova" economia está se desenvolvendo e colocando em xeque, por exemplo, a forma tradicional de marketing e vendas. Hoje, uma companhia pode ganhar de outras maneiras, além da venda, reduzindo seus custos fixos através de locação de seus espaços não utilizados, por exemplo, ou buscando na web espaços para seus eventos e reuniões de forma ampla sem ter que ficar visitando inúmeras salas, inúmeros sites e fazendo dezenas de telefonemas.

Em ambientes colaborativos, é possível obter rendas mesmo que produtos e serviços sejam gratuitos para o consumidor final. O financiamento  é provido por outras fontes. "É provável que haja muitas inovações sociais para trocar serviços gratuitamente, assim como inovações conexas que vão garantir dinheiro para mantê-las", aposta a economista Carlota Pérez, da London School of Economics.

Desde que o centro de referência passou para o Marketing e a Inteligência de Mercado a revolução provocada pela Web nos mostra que agora o próprio ato de consumir deixou de ser representado apenas pela compra em si já que o conceito de posse está sendo questionado. Poupar, trocar e tomar emprestado se apresentam como outras possibilidades, muito estimuladas por meio da rede. Algumas pessoas deixam de pagar para ter e passam a desembolsar dinheiro para acessar um serviço ou utilizar alguma ferramenta só pelo tempo necessário, como no uso compartilhado de carros ou a utilização de software de forma gratuíta que ficam localizados em grandes DataCenters.

A dinâmica é a base da  sharing economy, ou economia do compartilhamento. O modelo já foi adotado por diversos setores e movimenta, no mínimo, US$ 100 bilhões de dólares (0,14% do Produto Interno Bruto mundial em 2012), segundo a consultora  Rachel Botsman, uma das autoras do livro O que é meu é seu. A estimativa não é exata, segundo ela, porque é difícil reunir dados precisos de alguns mercados.

Termos como B2B e B2C passam a "conviver" com termos como Crowdfunding, Crowdsourcing e Peer to Peer - Produção P2P (peer-to-peer), por exemplo. Como são conceitos novos e não há como se transmitir a ideia de forma direta, senão por analogia, toma-se "emprestado" conceitos de outros campos de conhecimento. Assim P2P peer-to-peer é derivada da forma de rede de computadores criada principalmente para compartilhamento de arquivos na qual cada computador faz o papel de cliente e servidor e agora é dito para a produção nos moldes da cultura e das redes "entre pares" em uma tradução de forma livre. A produção P2P assemelha-se à produção colaborativa, que está inserida no contexto da economia colaborativa.

Como estamos cada vez mais inseridos na chamada economia do conhecimento é natural que empresas que tem por base justamente o capital intelectual terem seus custos maiores na remuneração de pessoas, o que em muitos casos inviabiliza os negócios por falta de financiamentos.

Assim surge a ideia do financiamento coletivo, também chamado de Crowdfunding, o qual consiste na obtenção de capital para iniciativas de interesse coletivo através da agregação de múltiplas fontes de financiamento, em geral pessoas físicas interessadas na iniciativa. Navegando-se pela WEB nota-se que o termo é frequentemente utilizado para descrever especificamente ações em rede com o objetivo de arrecadar dinheiro para pesquisadores, artistas, jornalistas, pequenos negócios,  start-ups, iniciativas de software livre, filantropia e ajuda a regiões atingidas por desastres, entre outros.

Quando há um modelo de produção que utiliza a inteligência e os conhecimentos coletivos e voluntários, geralmente espalhados pela Internet para resolver problemas, criar conteúdo e soluções ou desenvolver novas tecnologias, como para  sustentabilidade, por exemplo, usa-se chamar de Crowdsourcing. 

Rachel Botsman e  Rogers mencionam três formas, ou sistemas de consumo colaborativo: (i) sistema de serviços de produtos; (ii) mercados de redistribuição e, (iii) estilos de vida colaborativos.

Os Sistemas de Serviços de Produtos são definidos como uma forma de consumo na qual paga-se pela utilização de um produto sem necessidade de adquiri-lo. Este conceito refere-se a um sistema de produtos, serviços e redes de atores. Como exemplos deste sistema, Bostman e Rogers citam o aluguel de acessórios  de   moda,  o   aluguel  de   ferramentas,  o   aluguel  de   livros  e   o compartilhamento de carros e bicicletas.

Os Mercados de Redistribuição são associados às trocas e doações. A doação e a troca dizem respeito à transferência de propriedade, ou seja, referem-se à co-propriedade. Como exemplo desse sistema de consumo a doação de móveis, a troca ou empréstimo de livros e a troca ou doação de roupas.

Por fim, o último sistema elencado pelos autores trata-se dos Estilos de Vida Colaborativos. Neste caso, há uma propensão à divisão e à troca de ativos intangíveis como tempo, espaço, habilidades e dinheiro. Um dos exemplos que pode ser citado é o compartilhamento de tempo para  aprendizagem  de  um  idioma  específico.  Este  sistema  de consumo também inclui outras formas de colaboração, como:   crowdsourcing; crowdfunding; crowdlearning - ferramentas de aprendizado colaborativo, como sites para o aprendizado de idiomas, citados acima e;    couchsurfing: compartilhamento de hospedagem para pessoas que viajam a passeio ou a negócios, como é o exemplo do airbnb.

Veja também:  FastSalas - Um ambiente de colaboração para divulgar espaços comerciais

Video1 (2 min.) - FastSalas - Um ambiente para divulgar espaços comerciais - "Rápido e super Fácil!" ->https://youtu.be/OJHcWL3OUHA

Video2 ->  Veja neste vídeo a seguir os 5 principais benefícios do FastSalas para quem deseja divulgar e comercializar os seus espaços-> https://youtu.be/VlYZKsE_1zw

 

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