Segundo autores como
Aalders, "o Outsourcing é uma estratégia que consiste na
contratação de fornecedores de serviços eficientes e especializados
para tratar de algumas das funções da organização, tornando-se
estes fornecedores em parceiros de negócio de valor". No
entanto, a diferença entre obter recursos suplementares ao
subcontratar uma empresa e o Outsourcing como um todo consiste em
envolver uma série de reestruturações substanciais em algumas das
atividades de negócio, e frequentemente implica na substituição do
staff da empresa contratante pelo staff da empresa especialista.
Portanto, a criteriosa definição dos objetivos a serem alcançados
com a terceirização e o retorno que esse serviço trará à empresa é
fundamental.
Em TI - "Tecnologia da Informação" ha terceirizações de todos os
portes, desde um pequeno aplicativo hospedado em cloude externo por
algumas dezenas de reais a contratos milionários. A terceirização
tornou-se muito atrativa não somente por causa da ampliação do
leque de serviços oferecidos, mas também pela significativa redução
dos valores impulsionada pelo aumento da oferta de serviços,
pessoas e infraestrutura.
No Brasil o mercado de terceirização em TI passou por uma grande
expansão nos últimos anos, sendo que a maioria dos data center
soperou nos últimos três anos com ocupação acima de 80% de suas
capacidades. Tudo este movimento é impulsionado pela pressão em
redução de custos, por um lado, e otimização de recursos
especialistas, por outro. A maioria das empresas não possui
demanda para um profissional exclusivo e contratar o serviço
terceirizado e especializado pode sair por menos de 15% do valor. A
hospedagem de servidores é outro exemplo, tentar fazer dentro de
casa pode sair até 30 vezes mais caro e ainda ter um serviço de
pior qualidade e maior risco. Dentre os principais resultados, a
redução de custos globais do setor, melhor abordagem de negócio e
melhoria da qualidade do serviço prestado. Hoje em dia, porém, as
grandes questões são: quais são as melhores práticas e as maneiras
de aderir à terceirização e como escolher os parceiros adequados e
de que forma medir seus resultados?
Antes, porém, surgem algumas perguntas fundamentais:
*
Como é o processo de terceirização?
*
Qual foi o resultado na maioria das empresas que já a
adotaram?
*
Outsourcing de TI - O que terceirizar?
Os processos típicos de outsourcing devem ser assumidos
primeiramente pelos níveis estratégicos da gestão e poderão ser
entregues para que a sua execução seja conduzida por uma equipa
interna nomeada, que normalmente será responsável pela posterior
gestão dos fornecedores, dos Contratos e dos Níveis de
Serviço ( "
SLA - Service Level Agreement" ).
Para mais detalhes sobre SLA veja o nosso
Curso Especialização em SLA - Gerenciamento de Nível de Serviço e
de Fornecedor Baseados em Boas Práticas.
Como se trata de uma ação estratégica é importante que o topo da
empresa seja envolvido nas decisões e que se crie um mecanismo de
indicadores estratégicos para que a alta gestão possa acompanhar
tudo em tempo real.
Em linhas gerais, os principais passos no processo de decisão de
outsourcing são:
*
Identificação de oportunidades na Organização:
*
Definição clara da estratégia da organização e identificação
das suas fontes
de vantagem competitiva;
*
Definição da Cadeia de Valor e seus processos críticos - cujo
desempenho são vitais para o seu sucesso.
*
Avaliação destas oportunidades:
*
Analisar detalhadamente as oportunidades geradas no passo
anterior;
*
Avaliação da relação custo versus benefício e da qualidade
requerida;
*
Definição de padrões de desempenho e instrumentos para a sua
medição;
*
Definição e do serviço pretendido e do nível de desempenho
desejado;
*
Estabelecimento dos objetivos a serem atingidos com a
subcontratação do(s) Fornecedore(s);
*
Criação de metas para a comparação das expectativas no cenário de
outsourcing em relação às do cenário atual.
*
Seleção do fornecedor.
*
Processo de transição.
*
Acompanhamento e evolução do
desempenho.
Para maiores detalhes sobre a terceirização de processos de
negócio ("BPO - Business Processo Outsourcing") veja o nosso
Curso BPO Business Process Outsourcing.
Assim, tendo em vista tangibilizar os argumentos acima poderemos
elencar ALGUMAS DAS PRINCIPAIS vantagens e benefícios do
outsourcing de infraestrutura de TI CONSIDERANDO QUE TAIS
ATIVIDADES SERÃO EXECUTADAS POR UM PROVEDOR ESPECIALIZADO E COM
EQUIPE DEDICADA :
*
Centralização DA GESTÃO DOS incidentes e problemas;
*
Agilidade E PRIORIZAÇÃO na solução de ocorrências;
*
Gerenciamento de mudanças no ambiente de TI com utilização de
processos de serviços;
*
Gestão da capacidade DOS AMBIENTES;
*
Monitoramento constante e integrado da disponibilidade dos
ambientes de
outsourcing;
*
Aprimoramento e manutenção da base de conhecimento.
DESTA FORMA A ORGANIZAÇÃO DE TI PODERÁ SE DEDICAR AS SEGUINTES
TAREFAS:
* Foco nas
questões estratégicas e no core business da empresa;
* FOCO NA
MELHORIA DO DESEMPENHO DA TI PARA O NEGÓCIO;
* FOCO NA
GESTÃO DOS PROJETOS;
*
MONITORAÇÃO DOS RISCOS OPERACIONAIS DO AMBIENTE DE TI;
*
MONITORAÇÃO DO NEGÓCIO;
*
Acompanhamento constante e atualização conforme evolução
tecnológica;
Antes de tudo é primordial ter em mente que devemos buscar todos
os argumentos contra o outsourcing e procurar conhecer as
experiências que não deram certo, elencando assim as possíveis
desvantagens em se adotá-lo, como por exemplo:
*
Perda de controle da execução das atividades críticas;
*
Perda de confidencialidade;
*
Possibilidade de conflitos de interesse (se o Fornecedor prestar o
mesmo serviço aos concorrentes);
* Má
qualidade do serviço prestado e diminuição do nível da satisfação -
quer dos clientes dos processos terceirizados, quer dos
colaboradores da empresa;
Menor envolvimento e dedicação por parte do Fornecedor do que do
staff anterior;
*
Redução do alinhamento para com a estratégia e a cultura da
empresa;
*
Possível ou eventual perda de flexibilidade e reação lenta à
mudança - sobretudo às atualizações de tecnologia e de mercado;
*
Dependência excessiva em relação ao Fornecedor;
*
POSSIBILIDADE DE custos mais elevados CONSIDERANDO A POSSÍVEL
EXISTÊNCIAS DE custos escondidos NÃO INDENTIFICADOS DURANTE A
CONTRATAÇÃO;
*
Perda gradativa de know-how (conhecimentos técnicos);
*
Elevados custos de um eventual regresso ao desempenho interno das
atividades subcontratadas ao Fornecedor;
*
Desmotivação do pessoal gerada pelas instabilidades associadas ao
processo de mudança;
*
Elevados custos associados à gestão dos Fornecedores subcontratados
- quer devido à necessidade de controle do seu desempenho, quer por
eventuais dificuldades de integração com as atividades
internas.
Ao se verificar o que aconteceu em outras empresas que passaram
pelo mesmo estágio é importante verificar quais foram os fatores
que levaram ao insucesso. Como por exemplo:
*
Falta de definição estratégica
*
Inexistência de método ou falta de experiência:
* Em
implementar as principais frameworks de mercado;
* Na
elaboração dos contratos com os Fornecedores;
* Na
definição dos SLAs;
* Na
gestão de risco;
*
Nos acordos de performance;
* Na
gestão de recursos terceirizados;
* E,
PRINCIPALMENTE, FALTA DE EQUIPE INTERNA ESPECIALIZADA.
* Governança
de TI inexistente ou mal definida.
*
Seleção de Fornecedor baseada quase que exclusivamente no critério
do Custo em detrimento da competência comprovada e requerida.
Como vimos e os dados mostram, o outsourcing em TI é uma solução
interessante, desde que a empresa tenha uma equipe interna capaz de
planejar e monitorar os contratos considerando-se que podem ser
terceirizados serviços que não estejam diretamente ligados ao
negócio da empresa, como impressoras, gerenciamento de redes,
desenvolvimento de softwares e atualização de infraestrutura. Um
contrato bem estruturado é garantia da estabilidade do sistema de
prestação de serviços e o planejamento das atividades empresariais.
Assim é preciso delimitar qual ou quais atividades serão realizadas
pela empresa contratada, estabelecendo a forma de realização.
Também devem ser claras as obrigações de cada uma das partes, bem
como a responsabilização de cada empresa por questões
administrativas e jurídicas.
Frequentemente os processos de gerenciamento de serviços
terceirizados enfatizam apenas as questões operacionais,
principalmente aquelas relativas à gestão burocrática do contrato,
e tem sido construídos quase como uma mera extensão dos mecanismos
de controle de orçamento do contratante. Tais processos são
primariamente exercitados pós-ocorrência dos fatos e orientados à
mera verificação do cumprimento dos deveres e obrigações
contratuais do provedor e do cliente. Embora normalmente eficazes
para o fim a que se destinam, já que possibilita a tomada de ações
corretivas visando ajustes operacionais, esses processos ignoram as
dimensões relativas ao gerenciamento proativo dos riscos
envolvidos, como veremos adiante.
No contrato devem constar os valores a serem pagos e as medidas
a serem tomadas em casos de não cumprimento das cláusulas
contratuais ou de um rompimento na prestação do serviço. Em relação
aos serviços de outsourcing, alguns aspectos legais devem ser
observados pela empresa contratante e seu fornecedor. Inicialmente
deve ser observado se a atividade a ser terceirizada não está
vinculada à atividade fim da empresa contratante. Nesse caso, o
entendimento da Justiça do Trabalho é que na hipótese de
terceirização da atividade principal da empresa contratante dos
serviços, poderá ser caracterizado o vínculo empregatício com ela.
Levando em consideração a responsabilidade subsidiária da empresa
contratante, deverá ser exigido mensalmente da contratada a
comprovação de quitação das parcelas devidas aos empregados, como
pagamento e recolhimentos fiscais, para que futuramente as partes
envolvidas não tenham problemas trabalhistas.
Para mais detalhes sobre gestão de contratos veja o nosso
Curso Gestão de Terceiros e de Fornecedores.
Como citamos acima, na medida em que os projetos de outsourcing
assumem características estratégicas, seus processos de gestão de
relacionamento devem não apenas tratar das questões administrativas
e operacionais, como também antecipar e prevenir a ocorrência de
eventos de risco.
Muitos dos problemas surgidos ao longo de contratos de
outsourcing de serviços de TI poderiam ser evitados, ou ao menos
minimizados, através de um processo sistemático que dê foco na
criação e exercício da disciplina de gestão de relacionamento entre
cliente e provedor. Para que se possa dar o foco adequado, é
necessário distinguir entre as questões que caracterizam os
aspectos quantitativos do contrato (por exemplo, assegurar que seus
termos e condições sejam adequados, que os acordos de nível de
serviço sejam bem construídos, etc.) e as questões que regem a
qualidade das relações entre cliente e provedor (ou seja, a
confiança e respeito mútuos, o espírito de parceria, o
compartilhamento de riscos e ganhos, etc).
O outsourcing não é isento de riscos e assim a sua Gestão eficaz
já deve partir de contratos bem feitos que levem em consideração
com cláusulas de destrato e alternativas em face aos
principais riscos envolvidos, tais como :
* A
possibilidade do Fornecedor subcontratado se revelar mais ineficaz
e ineficiente do que o contratante;
* A
inexperiência do Fornecedor subcontratado;
*
Incerteza quanto à evolução do negócio e falta de mecanismos de
aferição rápida e planos alternativos;
*
Risco de surgirem, num futuro próximo, Fornecedores mais eficientes
e com maior diversidade de soluções e não se poder mudar, pois
existem cláusulas punitivas muito altas;
*
Risco de
surgirem
melhores
alternativas
em relação ao
desempenho das atividades, seja através da
inovação tecnológica, seja através da melhoria dos processos
internos;
*
Risco de a organização se encontrar numa situação fragilizada e sem
competências internas para se adaptar à mudança, dado que em muitos
casos não houve uma preocupação com a Gestão
das Mudanças;
*
Perigo da terceirização se traduzir no aparecimento de mais um
interlocutor a dificultar a comunicação e a gerar conflitos entre
as várias partes envolvidas;
*
Eventual ocorrência de custos ocultos que não foi prevista
inicialmente;
*
Tendência em considerar o outsourcing como um fim e uma solução
definitiva, em vez de um meio de concentração de recursos em áreas
vitais.
Considerando-se todos os fatores acima criamos nosso Curso Gestão de Outsourcing de TI
CONSTRUÍDO A PARTIR DE EXPERIÊNCIAS PRÁTICAS AO LONGO DOS ÚLTIMOS
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A METODOLOGIA É TOTALMENTE ADERENTE AOS PRINCIPAIS "frameworks"
do mercado, E TODA a capacitação foca no exercício prático de
vários conceitos e técnicas.
Veja também:
Curso Introdução ao Gerenciamento de Riscos em TI
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