Os investimentos em Segurança da Informação já estão na lista de
prioridades dos CIOs de grandes corporações há tempos, todavia esta
preocupação já começa a ser questionada do ponto de vista
estratégico, notadamente sob a ótica do gerenciamento de risco.
Organizar a TI para crescer de forma sustentável é um objetivo
comum das organizações, no entanto ao dar os primeiros passos as
questões de governança da sua segurança se tornam cada vez mais
prioritárias, tornando cada vez mais claro que há um GAP entre o
que existe hoje de real na maioria delas e a distância que tais
empresas ainda precisam percorrer para sua governança sob os
aspectos e enfoques de um sistema efetivo de gestão da segurança da
informação - SGSI com a Gestão de Riscos. Enquanto a Gestão
da Segurança da Informação atende as demandas pontuais (visão de
curto prazo ou operacional) para garantir confidencialidade,
integridade e disponibilidade dos ativos, a Governança da Segurança
da Informação alinha as ações de Governança aos objetivos
estratégicos da organização, o que permite a área de Segurança
da Informação venha agregar valor ao
negócio e esteja apta para atender não somente as demandas
atuais mais também as futuras.
Nesse contexto fica evidente que governar a Segurança da
Informação é uma tarefa complexa, que exige o apoio da alta direção
e que é mais facilmente atendida quanto maior for o nível de
maturidade do processo de gestão da segurança da informação.
Esta visão deve partir desde a criação de plano formal de
negócios e preparar a organização para eventuais incertezas,
desenvolver um modelo de governança compatível com o futuro
planejado, que permite identificar e gerir os riscos associados ao
negócio, levando-se em conta que na avaliação dos riscos
potenciais não passará despercebido os temas ligados a ações de
hackers e vírus, eventuais perda de informações dos clientes,
indisponibilidade operacional, falha de conduta e falta ética de
parceiros e colaboradores, roubo de propriedade intelectual,
espionagem, vazamento de informações e até fraude.
Neste esforço, a experiência nos diz que ainda há uma enorme
dificuldade em demonstrar para a alta direção das organizações, o
valor real da Segurança da Informação e o retorno do investimento
necessário nessa área quando ainda não ocorreu um incidente grave
de segurança. O mesmo se passa frequentemente na implementação de
um sistema de gestão de
continuidade de negócio, por exemplo.
Para os dirigentes de uma organização o número de
vulnerabilidades corrigidas em determinada aplicação ou a
quantidade de ataques sofridos no último mês não são informações
relevantes se não forem relacionadas com as principais interrupções
nos principais processos de negócio, ou prejuízos de ordem
financeira. Daí a importância em direcionar as ações e o
planejamento da gestão de maneira que "falem a mesma língua" da
direção do negócio.
Esta capacitação que propomos - Curso
Governança em Segurança da Informação - habilita o participante
a ampliar o conhecimento sobre a Governança da Segurança da
Informação, sua importância estratégica e descreve detalhadamente
os seus principais componentes. Por outro lado, dá subsídios para
que a Governança Corporativa possa interagir e controlar a
Governança de TI nos seus aspectos relativos 'a segurança da
informação permitindo que a organização estabeleça seus objetivos,
determine os meios necessários para alcançá-los e monitore
seu desempenho com elementos garantidores suportados por um
SGSI.
Sempre é bom lembrar que a visão integrada da segurança da
informação e as novas quatro "ondas" (mobilidade, social network,
cloud e Big data) que estão se "quebrando" sobre as empresas e a
própria indústria de TI vão provocar uma descontinuidade na maneira
de como se adquire e usa tecnologia garantindo a confiabilidade,
disponibilidade e integridade das informações que a partir desta
nova visão será distribuída e gerenciada por toda a cadeia
produtiva, indo desde a indústria até o ponto de venda. Mas para
"surfar estas ondas" de forma segura temos que ir além das
tecnologias que as suportam, e para isso precisamos dar muita
atenção à preparação, contratação e reciclagem dos profissionais de
TI, processos e todos os componentes envolvidos com a segurança de
forma ampla e de todo risco relacionado.
Este conteúdo aborda várias metodologias, modelos de boas
práticas, frameworks e normas ISO, partindo-se de um tópico muito
comum da administração baseado na ferramenta da qualidade, o
enfoque PDCA. Esta ferramenta visa garantir o alcance das metas
necessárias à sobrevivência dos negócios e, embora simples,
representa um avanço sem limite para o planejamento eficaz e também
é a base do planejamento para a Governança com foco na segurança da
informação.
Este ciclo é necessário para que todas as experiências sejam
constantemente revisadas, para que os ajustes sejam realizados e
para que o aprendizado com os erros seja possível. Desta forma é
possível sempre identificar necessidades de melhoria,
principalmente nas áreas suportadas por processos de apoio onde os
recursos em todos os sentidos são mais escassos, devendo dessa
forma alcançar a melhor produtividade possível nos processos
implantados.
Diversos fatores influenciam a implantação de uma Governança de
Segurança da Informação, começando pela nomenclatura, dialetoum
tanto estranho à realidade dos principais executivos das empresas.
O Perfil do profissional gestor de TI é outro fator que é decisivo
para o sucesso de um projeto desse nível. Além das habilidades
técnicas, tornam-se necessárias outras características, como um
perfil de negociador e de liderança transformacional independente
da hierarquia que ocupa. O gestor deve buscar obter alinhamento
estratégico da segurança da informação. A organização precisa, por
exemplo, desenvolver e divulgar de forma conjunta com a Governança
em geral uma politica de segurança da informação de acordo com um
plano de
continuidade de negócio, se possível.
Já no que diz respeito a gestão de
riscos as diretrizes gerais devem focar em
uma análise sistemática e avaliação dos riscos,
identificar, monitorar e reportar incidentes de segurança, estimar
e reduzir a probabilidade e o impacto dos riscos.
A Governança em Segurança da informação deve ter como diretrizes
mestras o Alinhamento Estratégico, a Gestão de Riscos, Gestão de
Infraestrutura (incluindo todos os recursos de forma eficaz),
Gestão de Indicadores de Desempenho de Segurança da Informação e
principalmente estar alinhada a entrega de Valor do negócio como um
todo.
Sobre a gestão de desempenho através de indicadores é bom frisar
que não basta criar e implementar controles, é preciso checar a
eficácia dos mesmos. Exemplos de metas para monitorar esse
objetivo: número de incidentes e quantidade de sistemas que não
atendem aos requisitos de segurança.
Minimizar o impacto de incidentes e reduzir a probabilidade de
interrupção dos serviços são exemplos de metas que podem ser
utilizadas para verificar se a organização está alcançando
seu objetivo principal, a entrega de
valor.